domingo, 15 de julho de 2012
REGRA BÁSICA PARA FORMAÇÃO DAS ESCALAS MAIORES EM BEMÓIS
REGRA BÁSICA PARA FORMAÇÃO DAS ESCALAS MAIORES EM BEMÓIS
Como dissemos, são 7 escalas maiores em bemóis. E para construí-las utilizamos as seguintes regras:
1. Toma-se a escala de dó maior (C) como início;
2. A próxima escala inicia-se no grau IV da escala anterior;
3. Cada nova escala tem os mesmos bemóis da anterior mais um no grau IV;
Observação Importante 1: Há um porque e um nome para isso, relacionado ao fato de se começar a próxima
escala do modo maior, com bemóis, no grau IV, mas não vamos entrar nesse mérito agora. Por ora, basta saber
que o grau IV ou dominante será a tônica da escala seguinte.
Seguindo essas 3 regras, conseguimos construir as 7 principais escalas maiores com bemóis. Vamos conhecê-las
então.
Dó maior (C)
Fá maior (F)
Si b maior (Bb)
Mi b maior (Eb)
Lá b maior (Ab)
Ré b maior (D)
Sol b maior (Gb)
Dó b maior (Cb)
Note que há uma seqüência na construção do modo maior com bemóis, que deve ser respeitada. Dó, Fá, Sib, Mib,
Láb, Réb, Solb e Dób, seguindo as regras.
Observação importante 2: Existem outras escalas maiores com bemóis que são construídas da mesma forma,
como a de fáb maior etc, contudo são pouco utilizadas e por essa razão não serão objetos de nossos estudos. Elas
são construídas da mesma maneira, apenas dando continuidade ao que já vinhamos fazendo.
IDENTIFICANDO ESCALAS MAIORES EM BEMÓIS
A prática ajuda-nos a identificar instantaneamente qualquer escala maior em bemóis, mas até que cheguemos a
esse nível, podemos usar o seguinte artifício:
Veja na figura acima que o penúltimo bemol da armadura da clave é o ré; então a escala em estudo tem a nota ré
como tônica e por isso a escala é a de ré b maior (Db).
APLICAÇÃO NAS OUTRAS CLAVES
Tudo o que foi dito até aqui vale igualmente tanto para a clave de Fá, quanto para a clave de Dó. A única mudança
fica por conta do posicionamento dos acidentes na linhas e espaços da armadura, que devem respeitar a posição
das notas de cada clave.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Numa folha pentagramada, seguindo as regras descritas acima e sem olhar nas escalas já construídas,
reconstrua as 7 escalas maiores com bemóis.
2. Construa a armadura das 7 escalas maiores com bemóis.
3. Escolha uma nota qualquer como tônica (Não vale o Dó natural), e construa uma escala maior com
bemóis.
4. Desenhe várias armaduras e identifique a quem escala cada uma pertence.
5. Refaça várias vezes até que você comece a identificar mais facilmente cada uma delas.
Esperamos que o assunto tenha sido bem tratado, de modo a ficar o menor número de dúvidas possível. Agora cabe
a você estudá-lo com calma e procurar entender o que foi dito e só siga adiante se estiver convicto de que assimilou
e que é capaz de criar ou identificar uma escala maior em bemóis, de maneira automática.
Lembre-se, esse assunto ainda não foi esgotado. Ainda tem muito mais! No próximo artigo trataremos ainda sobre
as escalas do modo menor.
Bom, você está craque no modo maior certo? Ainda não? Então sugerimos que dê mais atenção a ele antes de
prosseguir, pois ele será usado para estabelecermos as definições de escalas menores.
Aliás, está é uma boa hora de você rever o curso desde o princípio e refrescar a memória dos conceitos mais
básicos e que muitas vezes passamos por cima, julgando serem de menor importância. Mas imaginando que tem
pleno conhecimento do que já vimos até agora, vamos então dar continuidade ao nosso Curso Básico de Teoria
Musical, iniciando o assunto sobre o modo menor que foi subdividido e será visto em mais de um artigo, dada a sua
extensão, complexidade e grau de importância, e para tornar a assimilação mais gradativa.
Frizamos veementemente a necessidade de se ter em mente, de forma clara e concreta, o modo maior!
Bom, vamos lá então?!
MODO MENOR NATURAL
Em uma definição bem simples, modo menor natural, ou simplesmente modo menor, é aquele em que as escalas
possuem os semitons entre os graus II e III e entre os graus V e VI, tendo um tom entre as demais notas da
escala, conforme pode ser visto na figura abaixo.
O modo menor existe independente do modo maior, contudo, para que se possa compreender melhor como se
formam as escalas menores, vamos considerá-las como sendo derivadas do modo maior e trabalhar sobre esse
conceito.
Para que isso seja verdade, temos que tomar como premissa que todas as escalas do modo maior possuam um
relativa no modo menor.
Para obtermos então, uma escala menor, devemos partir das 15 escalas maiores vistas anteriormente e seguindo
aquela seqüência obter as escalas menores.
O início do método é o mesmo, ou seja, começamos com a escala de Dó maior. Lembra? Para conseguirmos a
escala maior seguinte à de Dó, iniciavamos com grau V e a partir dele construíamos a nova escala. No modo menor
é o mesmo mecanismo, porém ao invés de usarmos o grau V da escala de Dó maior, usaremos o grau VI como
tônica para a nova escala; a escala menor. A partir daí, basta que os semitons fiquem entre os graus II e III e entre
os graus V e VI, além de um tom entre as demais notas da escala, para termos nossa escala menor. Na figura
abaixo podemos ver bem o que descrevemos aqui.
Escala de Lá menor (Am)
Vamos colocar um pouco mais de molho nesse tempêro. Se notarmos bem, a escala menor tem como sua relativa
maior a escala que tem como tônica a nota de grau III da escala menor. Veja a comparação na figura abaixo.
CONCLUSÕES
Com isso podemos concluir que existe uma relação relação entre as escalas maiores e menores é que ela está
baseada nas seguintes prerrogativas:
1. Toda escala maior possui uma relativa menor e vice-versa". Por exemplo: a escala de Dó maior tem como
sua relativa menor a escala de Lá menor. A escala de Lá menor, por sua vez, tem como sua relativa maior
a escala de Dó maior.
2. Notamos também que, para conseguirmos a escala relativa maior de qualquer escala menor basta que
façamos do grau III a tônica e teremos a relativa maior de nossa escala menor.
Isso tudo é simplesmente para que você tenha consciência dessa relação, pois na prática elas são independentes.
FORMANDO AS ESCALAS MENORES NATURAIS
Sabendo da relação existente entre as escalas maiores e menores, podemos dizer portanto que, além das 15
escalas maiores temos da mesma forma 15 escalas menores.
Então, para formarmos cada uma delas vamos seguir ver as regras de formação das escalas menores:
1. Partindo-se então do grau VI de cada uma das 15 escalas maiores, escrevemos uma nova escala.
2. Os semitons tem que estar entre os graus II e III e entre os graus V e VI e um tom entre as demais notas
da escala
3. A escala menor tem os mesmos acidentes da relativa maior.
Na verdade é simples, mas como são conceitos totalmente novos, precisamos nos ater muito nos detalhes, pois são
eles que fazem toda a diferença.
Vejamos no exemplo abaixo o que dissemos nas três regras acima, para entendermos melhor.
Para identificarmos uma escala menor, não há um artifício simples como os que vimos para as escalas maiores. A
prática nos faz identificar facilmente qualquer escala menor e isso somente conseguiremos estudando a construção
das escalas maiores e menores até que automatizemos esse conhecimento, pela memorização, como no
aprendizado de uma tabuada.
Ainda assim, vamos ver a linha de raciocínio que deve ser seguida para descobrir qual é a escala com que nos
deparamos eventualmente.
Sabemos que toda escala menor, possui os mesmos acidentes da escala maior relativa, certo? Então, com a escala
maior escrita, verificamos o seu grau VI e assim identificamos a nossa escala menor.
Veja a seqüência nas figuras abaixo:
Não se esqueça também que todos os conceitos vistos aqui, também se aplicam às escalas menores construídas nas
outras claves, sem qualquer alteração nas regras.
As escalas menores naturais recebem a denominação de "naturais", porque existem outros tipos de escalas
menores, que veremos gradativamente nos próximos artigos.
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